quinta-feira, 23 de março de 2017

DESAPEGO OU BAIXO VALOR?

DESAPEGO OU BAIXO VALOR?

Quando vejo colegas terapeutas ou pessoas espiritualistas e alternativas estabelecendo a remuneração dos seus trabalhos através de “contribuição voluntária”, “contribuição consciente”, “vamos passar o chapéu”, e outras desse tipo - como se essa atitude fosse o supra-sumo da atitude evoluída e desapegada - o que me vem como reflexão é exatamente o contrári
Quando você delega aos outros a atribuição do valor do seu trabalho, muito ao contrário de ser uma atitude espiritualizada evoluída, isso na verdade só contribui para emperrar mais ainda a roda da prosperidade, pois deixar que o outro arbitre o que seu trabalho vale não é desapego nem elevação, isso se chama BAIXO VALOR PESSOAL, MENDICÂNCIA, DEPENDÊNCIA.
E essas atitudes muito ao contrário de serem “nova era”, estão na verdade profundamente contaminadas dos velhos paradigmas cristãos (que ainda estão, infelizmente, profundamente arraigados no inconsciente coletivo da nossa cultura) que fazem com que ainda se acredite piamente que o dinheiro é sujo e impuro, que o que é de graça tem mais valor do que o que é cobrado e que dar é mais nobre do que receber, ou seja, quem ainda acredita nisso e norteia sua vida em função destas crenças, desconhece o básico do básico do funcionamento da energia e da visão sistêmica da vida.
Aí, claro, a prosperidade não gira e o colega “evoluído” geralmente tem constantes problemas com dinheiro e fica dependente da caridade dos pais ou dos “contribuintes conscientes”, o que em alguma hora, vai dar, amigos, raiva.
Porque quando os pais ou os contribuintes não suprem as expectativas e não correspondem às atitudes magnânimas dos “desapegados”, a galera vira ser humano rapidinho e fica com muita raiva, pois falta e não reconhecimento dão raiva (à menos que você seja uma Madre Teresa ou um Dalai Lama).
Então vamos desconstruir essas crenças caducas e pobres que se travestiram de evoluídas e espiritualizadas, e vamos nos empoderar do nosso auto valor e do nosso poder pessoal, e assim, gerar prosperidade com nosso trabalho. Gerar independência e autonomia, porque desapego e evolução espiritual não casam com dependência e mendicância.
Dinheiro é sagrado, dinheiro é energia (e é energia neutra, nem boa nem ruim). E você gastou muita grana (assim como tempo e neurônios) para ser o bom profissional que você é e merece ser recompensado dignamente por todo este esforço e dedicação.
E antes que me chamem de apologista do mercenarismo (eu sou macaco velho, tenho larga kilometragem e conheço bem as crenças e as falas dos “evoluídos”), já vou logo dizendo antes que venham com aquele mimimi : eu também atendo de graça, também dou muitas bolsas nos meus cursos. Ninguém deixa de ser atendido no meu trabalho por questões de grana.
Mas só quando me pedem (e quando eu julgo o pedido procedente) ou quando eu quero oferecer.
Pois quem manda no meu valor sou eu.