terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

A TERCEIRA FORÇA

A TERCEIRA FORÇA

I. O assunto política não ocupa exatamente uma prioridade no meu espaço mental, mas sou um ser (também) político e sempre fiz questão de me manter bem informado sobre este assunto, para pelo menos, na medida do possível, não ser (ou não me sentir) manipulado.

Talvez seja uma característica de quem tem meio-de-céu em Gêmeos e/ou a configuração aquário (ar) e virgem (terra), sei lá, não saco bem dessa praia (alô alô astrólogos), mas o fato é que empunhar bandeiras, fazer partes de grupos, pertencer a facções de seja lá do que for, abraçar opiniões e pontos de vista fechados sobre alguma coisa, nunca fez parte das minhas características.

Sempre gostei de, como dizem os índios americanos, procurar me colocar nos mocassins do outro.

Adorei quando conheci os conceitos budistas de equanimidade e impermanência. Adorei quando conheci o conceito nativo de “visão da águia”. Adorei quando aprendi e fui estimulado a inserir na minha vida e na minha atividade terapêutica estes conceitos juntamente com os conceitos de neutralidade e de não julgamento.

Mas foi quando andei postando umas opiniões no Facebook sobre a nossa política atual – especialmente quando critiquei um texto do mestre Leonardo Boff – e depois lendo os feed backs dos posts, que acabei tendo um  insight e usei a expressão “Terceira Força” (que eu vou passar a chamar aqui de TF).

Depois me lembrei de um texto interessante que recebi recentemente e que fala da Terceira Inteligência, a espiritual, entendendo como as outras duas, a mental e a emocional. Talvez eu tenha sido induzido pelo nome.

Sempre achei tragicômicas essas polarizações maniqueístas tipo direita-esquerda, e os desdobramentos em bem-mal, certo-errado. A boa e velha dualidade.

Então TF foi o nome que “me ocorreu” (canalizei?) para ter aqui um nome para aquilo que eu reputo como sendo o raciocínio que norteia as minhas reflexões e que eu quero compartilhar..

Bem, eu não posto as minhas idéias no FB para discutir ou debater da forma que a nossa mente normalmente adora, que é se disputar e competir para ver quem está com a razão, quem está certo, ou melhor ainda, para afirmar (muitas vezes aos gritos em letras maiúsculas) que eu estou certo e você errado.

 Posto apenas para me expressar e para poder ouvir outras vozes e outras opiniões sobre o tema.

Fora algumas exceções, não achei que as pessoas amigas estavam entendendo o que eu estava querendo dizer, nem qual era a bola que eu estou querendo levantar.

Aí resolvi escrever um pouco (que acabou ficando enorme...) para continuar fazendo esse eterno brainstorming que é refletir sobre a vida sem a arrogância de ter respostas, mas com a esperança de perceber os sinais e as dicas do Universo.

E fiquei o final de semana inteiro ruminando sobre a tal da Terceira Força, e o que esse nome que brotou de mim queria dizer em função das minhas convicções e opiniões (ainda que assumidamente transitórias).

Talvez por “vício” profissional, espiritual e intelectual, nas minhas reflexões eu acabo sempre voltando aos povos antigos, às informações que vem dos milênios.

E isso acaba me remetendo à mesma perspectiva a que nunca me canso de admirar com reverência e respeito, que é a coincidência, digamos, paradigmática, que existe entre a essência do pensamento e do ponto de vista em relação à vida, a Deus, etc. dos orientais, dos povos nativos das Américas e dos africanos.

Claro que tem muito mais culturas e povos, mas estas são as que conheço mais.

Culturas estas que tiveram (e ainda tem) em comum a fundamental capacidade de perceber e reconhecer a realidade multidimensional da existência.

(E não é lindo quando vemos esta unanimidade de perspectivas de mundo – considerando,claro,as muitas diferenças entre elas - serem corroboradas por várias vertentes do conhecimento ocidental moderno, tais como por exemplo, a Fìsica Quântica e as linhas mais transpessoais da Psicologia e da Filosofia?)

Culturas que entendiam a imensa e absurdamente complexa interrelação e interdependência - em todos os níveis da existência - que existe entre tudo o que foi criado no Universo.

Culturas que percebiam o profundo aspecto animista da vida, isto é, a percepção de que tudo é vivo e tudo expressa a mesma consciência e inteligência.

Budista e vedanticamente falando, só há Uma Consciência, uma única Alma no Universo. Uma única Mente. Um único inconsciente.

Quem quer que seja Deus, com certeza não fica recortando pedaços de Si mesmo e colando em cada embrião fecundado.

Então parece que compartilhamos a mesma Mente, a mesma Alma e a mesma Consciência.

Eu sei perfeitamente que quando falo em consciência e inteligência muita gente ainda pensa em um cérebro cheio de neurônios que produzem pensamento. E em um intelecto racional que elabora inteligentemente estes pensamentos.

E dessa forma fica realmente muito difícil aceitar que uma árvore ou uma pedra sejam inteligentes.

Essa Inteligência e essa Consciência se expressam na vida através de todos os seres animados e (ditos) inanimados. Em cada um de cada reino conforme seu grau de evolução e nível de realidade.

Culturas aquelas, que sabiam que na psique humana existe um vasto universo interior desconhecido, e que é lá onde estão registradas e impressas as nossas memórias, traumas, dores, crenças, e que vão aparecer em nossa vida humana apresentando diversos sintomas em diversas áreas, causando os nossos problemas, sofrimentos e limitações físicas, psico-emocionais e sociais.

Estas culturas antigas sabiam também - e muito bem - que é fundamental abrir-se uma via de acesso a este mundo não consciente (que tio Freud chamou de inconsciente), lançar um outro olhar, ressignificar e curar este material, que é fator determinante da qualidade interna (e externa) que experimentamos hoje em nossa vida material.

Um parentesis importante aqui : estou falando em nome de culturas antigas (até porque eu tenho uma boa estrada nelas), mas em nenhum momento estou aqui fazendo a apologia maniqueísta do “índio legal/ branco ruim”, embora tivesse abundante material histórico para me respaldar. Mas eu estaria contradizendo tudo o que estou levantando aqui !!!

Estou apenas pegando carona no antiqüíssimo know-how e na longuíssima kilometragem que essa galera tem.

Dito isso, creio que o que poderia ser chamado de TERCEIRA FORÇA, não é nada mais do que um novo/velho ponto de vista em relação à vida.

Não é um movimento, não é uma nova filosofia ou ideologia, não é seita ou partido novo, mas é um ponto de vista multidimensional (poderíamos chamar mais modernamente de holístico ou sistêmico) em relação à si próprio, ao outro e à vida como um todo.

Um ponto de vista onde a mente readquire a habilidade de observar sem racionalizar nem julgar, e que considera que o que chamamos de religiosamente de sagrado é inerente à toda a existência.

 E como os orientais conhecem isso! E a meditação é a melhor forma de reabilitar essa importante ferramenta que a nossa cultura desprezou em função do bizarro equivoco cartesiano “penso logo existo” (“sinto logo existo” talvez fosse mais correto, ou mesmo “existo logo penso”, não é mesmo?): a capacidade de se observar de forma isenta e neutra.

A verdadeira compreensão só pode acontecer através de uma mente que não elabora ao observar. Ela apenas vê.

Mas vivemos uma ditadura da mente racional, onde para os ocidentais só parece ter valor o que vem de elaboração mental, como se a inteligência só se manifestasse através do pensamento racional.

Isso, é claro, não desqualifica a mente racional. Pelo contrário, isso resgata para a mente pensante o seu verdadeiro lugar, ou seja, ser uma poderosa ferramenta de lidar com as questões do mundo material tridimensional que é acessado pelos cinco sentidos. E só.

É preciso deixar bem claro aqui, que isenção, não julgamento e neutralidade, não são palavras que significam indiferença, não ter opinião formada, ser complacente, alienado e não fazer nada.

Ter opinião é inevitável, e é até biológico ! Não tem como não se ter opinião, até para poder se fazer as escolhas e opções.

O segredo – e ai os orientais também dão banho – não é não fazer nada (até porque isso seria impossível, pois o “fazer” faz-se por si mesmo). 

É não estar identificado e apegado aos movimentos que a mente cria e não deixar que estas identificações psico emocionais tenham um papel tão determinante em nós, já que são instâncias efêmeras e passageiras.

As opiniões formadas, os gostos e aversões e os julgamentos vão mudar, como muda tudo no Universo o tempo todo!

E para não se identificar e não se apegar é necessário ter alguma perspectiva “de fora”, até para que as coisas tenham o tamanho que elas tem, já que o nosso emocional tende em geral a hiperdimensionar o que nos acontece de ruim (dentro ou fora de nós).

Só que a nossa cultura cartesiana/newtoniana misturou consciência e pensamento (assim como também misturamos religião e espiritualidade).

E esse descolamento - que é o que vai possibilitar o resgate da mente que observa – é, na minha opinião o importantíssimo trabalho de auto-reeducação que nos vai viabilizar o acesso ao que chamei de Terceira Força.

E a TF é esse olhar multidimensional e sistêmico que sabe que a vida acontece em diversos, em incontáveis níveis de realidade.

E que sabe também que a própria realidade se expressa em dois aspectos : a relatividade que nos ilude e nos prende no jogo ilusório das dualidades e o Absoluto, a nossa natureza real.

Desta forma, a TF entende que trazemos todo o Universo e todas as potencialidades dentro de nós, bastando olhar para elas, aceita-las e desenvolve-las.

 Por isso uma das propostas deste ponto de vista é abrir mão da visão dualista e maniqueísta do “OU” (fulano ou é bom ou é ruim, ou a pessoa é honesta ou desonesta,etc.etc.) e introjetar em seu lugar o “E”, ou seja, somos bons e maus, honestos e desonestos, santos e bandidos, e cada persona destas vai apenas necessitar de um contexto específico para poder aparecer e se expressar.

Por esta razão, o pensamento da TF não rejeita nem desqualifica nenhuma expressão da existência.

Pensar no dia a dia do cotidiano, da política, no meio ambiente mundial, cuidar da saúde e da sobrevivência material, atender ao fato de que somos seres sociais, tudo isso é muito, muito importante.

Mas investir em seu crescimento interior é muito mais importante, pelo simples e elementar fato de que tudo (tudo mesmo) vai passar, menos você, em seu ser interior, eterno e consciente.

E o mais legal é que um lado não pode viver sem o outro.

São, pelo menos no nível de realidade que experimentamos hoje, instâncias complementares. E muita gente vive a vida negando, resistindo ou repelindo um dos lados.

São os materialistas, ateus e agnósticos que rejeitam o espiritual e o religioso e são os religiosos e espiritualistas que negam e demonizam o material.

E aí, amigos, nesse Universo auto regulador, onde tudo é na “mão dupla”, se  “entupimos” um dos lados, prejudica-se o equilíbrio do sistema inteiro e ele vai ter que procurar se auto regular outra vez., o que nem sempre é confortável.

A TF acredita que a realidade acontece de uma forma relativizada e de uma forma absoluta (e talvez seja isso que os orientais chamam dialeticamente de Tao/Yin&Yang ou Brahman/Maya, Shiva/Shakti,etc.).

Pausa para adendo quase óbvio : Naturalmente que a TF não acolhe mais conceitos como “Deus castiga”, “acaso”, “azar” , culpa, pecado, “Satanás” (pelo menos não da forma como muitas religiões ainda acreditam e ensinam).

E se estamos (ilusóriamente) presos na perspectiva da relatividade, não faz o menor sentido procurar “quem está certo” e “quem tem razão” nos embates humanos.

Todos estão certos e tem razão, pois cada um parte para um evento vindo de sua própria construção da realidade. Cada um carrega um enorme acervo de vivências e experiências que determinam a sua realidade, e que é totalmente diferente da do outro, embora convivam no mesmo espaço-tempo.

Por isso é inútil e infantil ficar investindo neste tipo de confronto.

Ninguém tem cacife – a não ser pela via da arrogância e da prepotência – para poder saber a Verdade, para poder acessar e compreender a complexa teia de causa e efeito universal e para assim poder dar alguma “palavra final “ ou falar em nome da Verdade (que normalmente se expressa como “a minha religião, ou o meu partido político é o melhor”).

Por isso a TF entende que estar errado é muito diferente de estar desequilibrado, e reconhece o estado planetário como profundamente desequilibrado, mas em nenhum momento, errado.

E se também somos o Absoluto em essência, podemos, através das ferramentas que resgatam a “mente que observa” abrir um olhar bem mais abrangente e profundo em direção a uma maior compreensão de nós mesmos e da existência.

Aí poderemos transitar interna e externamente do nível mais prosaico da vidinha humana cotidiana ao nível mais transcedental da vida espiritual com a mesma equanimidade, pois aí saberemos que nível de - perdoem a redundância - realidade real habita em cada aparência, e também saberemos como operar nesse jogo de aparencias da forma mais otimizada para o nosso despertar.

E o que seria esse despertar?

Segundo a voz destas culturas que citei acima, seria “apenas” recuperar a consciência de quem somos realmente.

Segundo estas visões de mundo, só estamos aqui encarnados nessa vida física porque temos um inconsciente atulhado de lixo experiencial (que os hindus chamam de samskaras) que ainda está dando curto-circuito esperando o nosso olhar e a sua cura.

Esse “curto-circuito” é quem mexe e mantém o movimento incessante da Roda do Samsara, mantendo-nos presos nas cadeias da relatividade e da dualidade, e consequentemente, do karma.

E por causa disso, por causa desse véu que o inconsciente cria e fomenta, ainda somos ignorantes de quem somos, embora já sejamos quem somos.

Esse paradoxo surreal é a essência do conhecimento dessas culturas antigas, especialmente das culturas orientais.

Por isso a TF tem como um de seus eixos a consciência da impermanência, e mais, a consciência de que o desenrolar da existência da Terra exige a administração de uma química extremamente complexa entre a imponderabilidade do Universo - a absoluta inutilidade em tentar controlar alguma coisa - e a humilde capacidade que temos de fazer nosso melhor.

Um dos graves problemas da nossa cultura em função do desconhecimento disso tudo, é a imensa gama de tensão e de problemas causados pelas (inúteis) tentativas de controlar o incontrolável.

E paralelamente a isso, rola ainda uma ilusão pretensiosa de que nosso livre–arbítrio é uma espécie de poder total que nos faculta até salvar o mundo.

A TF acredita que nada realmente está sob o controle do homem, e acredita que o que chamam de livre-arbítrio está profunda e complexamente entretecido com os livres-arbítrios de tudo o que existe na Criação.

Por isso a TF acolhe e respeita livros como o “TaoTeKing” e a “Bhagavad Gita”, e empatiza profundamente com a idéia da “ação na inação e inação na ação”.

Viver tendo como prioridade trabalhar internamente para descobrir e experienciar quem verdadeiramente se é, não deve de forma nenhuma nos eximir das diversas personas que temos que encarnar prá viver aqui: pai, mãe, profissional, filho, irmão, cidadão, amigo, etc.etc.

Todas as funções e papéis tem sua importância no individual e no coletivo,
e todas podem ser transformadas em eficientes ferramentas de crescimento e libertação.

Mas só uma mente treinada na visão ampla e neutra consegue perceber a escala dos níveis de realidade que a diversidade oferece, para aí poder pensar e agir conforme esta percepção.

Se estamos totalmente imersos em uma só opinião, ou visão religiosa ou filosófica, ou ideologia política, só conseguimos ver pedaços. Nunca o todo.
Tive um professor que dizia que as religiões são como um bolo (daqueles que tem um furo no centro) cheio de fatias. Todas as fatias se encontram no furo central (que no exemplo aqui representa Deus).

O problema, dizia ele, é que cada fatia fica tentando convencer as outras fatias, de que ela, fatia, é o bolo todo...

Por isso a TF sabe - assim como por exemplo a Física Quântica também sabe - que a vida externa, física, material, aparentemente tridimensional é só um reflexo, uma resultante da vida interna.

Assim como é dentro é fora.

O fora é construído por nós e está a serviço do dentro, simplesmente porque tudo na vida está a serviço do desvelar de quem se É (e isso não tem necessariamente nada a ver com religião, pelo menos no sentido institucional do termo).

E “o fora” é uma das formas que a Inteligência auto reguladora tem de nos mostrar o que não está sendo visto e experienciado equilibradamente dentro de nós.

A TF sabe da inutilidade de se tentar mudar o externo sem mudar o interno.
E sabe que quando não se sabe disso, o que se faz é dar “murro em ponta de faca”.

E qualquer um pode ver que a História é apenas uma sucessão das mesmas velhas recorrências, onde só muda a cenografia, o figurino, a sonoplastia e os personagens, pois o script é sempre o mesmo...



II.  Se me é permitido aqui delirar um pouco, penso que na construção do que viria ser uma TR no ocidente, reputo alguns acontecimentos como sendo absolutamente preponderantes:

A entrada do mundo africano nas Américas com a escravidão, o advento da Psicanálise através de S.Freud (e depois Jung e Reich), o advento do Espiritismo através de Allan Kardec, a entrada do conhecimento oriental no ocidente com Helena Blavatsky, o surgimento da Física e da Mecânica Quânticas no inicio do século 20, e a “invasão” do oriente no ocidente nos anos 60/70 e a jovem “invasão” do mundo nativo (chamada de Xamanismo) a partir dos anos 70/80.

O mundo africano e Kardec vem abrir para o ocidente o conhecimento do sexto sentido (também chamado de sensitividade, percepção extra-sensorial, mediunidade) - a via de acesso às multidimensões, assim como do karma e da reencarnação.

A Psicanálise vem abrir para o mundo ocidental cristão-judaico a dimensão do inconsciente (que depois Jung aperfeiçoa introduzindo o conceito de Inconsciente Coletivo), dentre muitas outras coisas.

É claro que o mundo oriental já “estava careca de saber” disso tudo, mas talvez o que viria a ser o que chamei de “invasão” do oriente no ocidente nos anos 60/70 (influenciando profundamente não só a espiritualidade e as terapias, mas também a visão ocidental de mundo), precisasse de uma retradução prévia dos seus conceitos para uma linguagem mais palatável aos ocidentais racionalistas.

Helena Blavatsky, criadora da Teosofia, também foi muito importante neste processo de preparar o ocidente para o pensamento oriental.

E quando um ramo top da ciência desemboca no que passou a ser chamado de Fisica Quântica, e que, da mesma forma que ocorre com Freud, (e Jung e Reich) e Kardek, é interessante perceber que em grande parte é uma retradução moderna e em linguagem e conceitos adequados à nossa cultura, dos conhecimentos antigos.

Para mim fica bem claro – embora assuma que pode ser a maior viagem - o encadeamento dos acontecimentos que iriam abrir a possibilidade de uma compreensão muito mais ampla e profunda sobre a vida, do que a que as religiões mais populares – o mundo cristão/judaico/islâmico - até então ofereciam.

E a razão deste movimento todo, me parece ser o de vir atender a necessidade planetária urgente de se abrir um novo tipo de olhar para a vida. 

E de repente estas culturas antigas podem ajudar bastante, como já tem feito.

Se realmente temos que salvar alguma coisa, se realmente o planeta Terra está passando por alguma coisa errada que fugiu ao controle de Deus, talvez o que vá efetivamente salvar o planeta não sejam ações ecológicas ou políticas ambientais.

Talvez seja a profunda transformação do ponto de vista do homem moderno sobre si e sobre a vida.

Se isso não for realmente inserido no viver coletivo, quaisquer ações, por mais bem intencionadas que sejam, serão sempre paliativos que apenas atrasarão a próxima recorrência evolutiva.

A Terceira Força é como um vírus que já contaminou o sistema e que está, em função da própria auto regulação universal, espalhando pouco a pouco a sua incurável “infecção”.


ERNANI FORNARI

(fevereiro 2014)

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